quinta-feira, 8 de abril de 2010

A historia dos cavalos lusitanosCavalo Lusitano


Cavalo Lusitano Cavalo Lusitano é o mais conhecido e apreciado dos cavalos Portugueses. As representações mais antigas do cavalo pré-histórico ancestral do cavalo Lusitano podem ser vistas nas pinturas rupestres nas grutas de La Pileta (Malaga, Espanha) que são datadas de 20.000 A.C. e no Escoural (Alentejo, Portugal) que são datas entre 17.000 A.C. e 13.000 A.C. Fenícios, Gregos, Cartagineses e Romanos habitaram a Península Ibérica. As duas primeiras civilizações referidas não trouxeram cavalos suficientes que pudessem influenciar de uma forma substancial o cavalo Ibérico. Porém, os Gregos têm uma lenda em que os cavalos da "Lusitânia", das margens do rio Tejo são filhos do vento. Esta é certamente uma forma metafórica e poética que permite perceber como o cavalo Ibérico era considerado na antiguidade. Os Cartagineses e Romanos trouxeram consigo principalmente o cavalo Berbere. Este facto poderá ser observado pelas diversas estátuas e moedas dessas civilizações, que mostram um cavalo com a cabeça de perfil convexo. A seguir à queda do Império Romano as tribos da Europa central: os Vândalos, Alanos e Suevos repartiram entre si a Península Ibérica. Os primeiros dois povos trouxeram cavalos ancestrais às raças de cavalos pesadas Alemãs. Os Suevos que tomaram o controlo de uma boa parte da Península Ibérica trouxeram cavalos similares aos dos celtas. Mais tarde foram derrotados pelos Visigodos que trouxeram também cavalos ancestrais às raças de cavalos pesadas Alemãs. Os Árabes seguiram os Visigodos e trouxeram também o cavalo Berbere e o cavalo Árabe que também se cruzaram com o cavalo Ibérico. Portugal no século XII numa em que altura em que os cavalos tinham um papel importante no campo de batalha. Mais tarde o rei D. João V (casado com D. Maria da Áustria, uma admiradora da Escola Espanhola de Viena) começou a coudelaria de Alter Real onde começou a ser criado um cavalo que se enquadra no modelo do cavalo Lusitano. As éguas e garanhões para o estabelecimento da coudelaria de Alter Real foram trazidos de Espanha. Os cavalos da coudelaria de Alter Real eram usados na "Picaria Real" que se estabeleceu na época como a escola de arte equestre. O filho do rei D. João V, rei D. José, fez a coudelaria de Alter Real e a Picaria Real prosperar. No século XIX a Picaria Real foi encerrada e no século XX iniciou-se a Escola Portuguesa de Arte Equestre inspirada na Picaria Real. Em 1885, Bernardo Lima, no seu livro sobre raças de cavalos Portuguesas usou o termo Lusitano para cavalos nascidos e criados em Portugal. Em 1942, Os veterinários da Coudelaria Nacional decidiram usa o nome Lusitano para cavalos nascidos em Portugal e com características que os permitissem inscrever no Stud Book Português. A raça Lusitano começou oficialmente em 1967. Para além de Portugal, internacionalmente existe um interesse crescente na raça Puro Sangue Lusitano. Esse interesse é particularmente acentuado em países como o Brasil, França e México. A Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos da América são países onde existe já uma comunidade de cavalos Lusitanos. O cavalo Lusitano está presente, ainda que em números reduzidos, em países com Angola, Austrália, Republica Checa, Colômbia, Guatemala, Marrocos, Mónaco, Moçambique, Namíbia, Nicarágua, Filipinas, África do Sul, Suécia, Suiça e Tailândia.

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